Apresentação
Bem vindo ao site do ARZT - Instituto de Medicina Integral, uma contribuição ao desenvolvimento do pensamento conservador, não intervencionista, e de alternativas terapêuticas, na medicina.
O que é Medicina Integral?
O campo da Medicina Integral, orientado pelas novas contribuições da biologia complexa, pela tradição do conhecimento das medicinas tradicionais, e pela vasta produção empírica médica, oferece sua contribuição para superar o reducionismo e a simplificação do modelo de conhecimento quimicomecanicista, baseado na concepção de doença como entidade específica, da medicina oficial ou medicina acadêmica.
A concepção de integração e mudança está na base do processo de conhecimento da Medicina Integral. Nesse sentido, saúde é definida como capacidade do indivíduo interagir e ser capaz de dar respostas reguladas (autorregulação).
Mas, a Medicina Integral vai além, e admite que o ser vivo é, em última análise, o resultado do seu processo integrativo e, assim, aprofunda a discordância com a corrente hegemônica na biologia e na medicina, que o concebe como resultante do seu material genético (genótipo). A Medicina Integral não despreza a importância do fator genético, apenas o redimensiona em relação ao fenótipo, lido como processo integrativo.
Na verdade, o indivíduo expressa apenas parte do seu potencial genético (5%), e essa expressão se dá, em grande medida, a partir dos seus processos interativos, como a alimentação, o estilo de vida, a cultura, a inter-relação pessoal, etc, como se pode comprovar nos estudos com gêmeos univitelinos. Nessa perspectiva, incorporamos a possibilidade de modular ou regular expressões genéticas (epigenética) que levam ao adoecimento.
O ser humano, além de interagir no plano biológico e ecológico como todo ser vivo, também o faz nos planos antropologicocultural e psico-espiritual. Portanto, a participação dos fatores genéticos (alteração estrutural do gen) no processo do adoecimento humano, seria bastante limitada, diante de situações epigenéticas (modulação do gen) como a poluição ambiental, as alergias, a dietética imprópria, o fumo, o álcool, as drogas, a violência social e familiar, o stress, etc.. Aliás, a medicina integral com essas concepções antecipou-se ao recente e promissor campo da epigenética – ramo recente da ciência biológica que é definido como: "o estudo das mudanças hereditárias na função dos gens sem a mudança da sequência do DNA".
A Medicina Integral ao admitir a complexidade e a peculiaridade de cada indivíduo, assume o desafio de construir um conhecimento centrado na singularidade do indivíduo, caminhando, assim, no sentido oposto ao da medicina oficial, que valoriza os mecanismos gerais e os processos de enquadre do indivíduo em generalidades, como é o caso da diagnose da doença como entidade (ciência das doenças).
No plano da prática médica, o termo integral ganha o significado de integração, sem busca de hegemonia ou dominância, dos mais variados conhecimentos sobre o processo do adoecer humano e sobre a terapêutica. Busca colocar no plano da prática médica a enorme contribuição do paradigma energeticoinformacional e das ciências da complexidade. Nesse contexto, firma sua filiação aos grandes processos que sustentam a vida no planeta e nos sistemas vivos como: a simbiose, os processos energéticos, a in-formação, a autorregulação, a ordem e a coerência.
Na questão da terapêutica, acolhe e integra as contribuições das culturas e da experiência humana na tarefa de aliviar o sofrimento, e restabelecer a capacidade do ser interagir e dar respostas integradoras/harmônicas. Nesse sentido, a Medicina Integral assume o caráter eclético.
Em resumo, a Medicina Integral, com o resgate do ser da enfermidade, afirma o seu vínculo radical com o humanismo médico, com a superação da dicotomia mente-corpo recupera o holismo, com a concepção microcósmica do homem afirma a sua filiação ao pensamento sistêmico/ecológico. Tudo isso, orientada pela noção clara de que a medicina é uma doutrina/arte de inequívoca filiação ética, num claro contraponto ao pensamento que a concebe enquanto uma disciplina científica.
Missão
Resgatar a tradição médica centrada no papel subsidiário do médico, ao admitir que quem cura é o organismo e a Natureza. O médico deveria, essencialmente, dar suporte aos processos de cura, realizados pelo próprio organismo, e compreender as dinâmicas que mantêm a saúde, a coerência e a vida. Isso não tem nada de novo na história da medicina. A medicina sempre foi uma seguidora da natureza (physician: seguidor da physis), ou uma mediadora entre o homem e a natureza (medicare vem de mediar, trazer para o meio/equilíbrio). Entretanto, essa tradição foi rompida, no Século XIX, com a noção de germe específico/doença entidade específica, que permitiu a aceitação da química estranha ao organismo (substância química sintética e patenteada) como única terapêutica válida (monopólio da quimioterapia), e criou a medicina centrada na doença, que responde à equação: agente monocausal específico - doença específica - droga dita específica.
A partir daí, medicina e indústria farmacêutica se dão as mãos para estabelecer a chamada medicina científica. Só recentemente, a sociedade começou a tomar consciência para onde estamos sendo levados. A química que a medicina incorporou, não foi a química das funções de acordo com Claude Bernard, mas a química estranha, do bloqueio das funções. Os microrganismos, segundo a teoria bacteriana monomórfica de Pasteur e Koch, foram concebidos como ameaças, e não como parte do processo de simbiose que sustenta a vida no organismo e no planeta. Ou seja, a hegemonia do pensamento químico, tal como acima descrito, não considera a simbiose, a nega e, por isso, se torna uma ameaça à vida nos organismos vivos e no planeta, pois a lógica do uso da química é a mesma na agricultura (agrotóxicos, adubos químicos, transgênicos), na medicina animal, e nos vários campos da relação do homem com seu ambiente. Calcula-se que cerca de 35% dos seres vivos de hoje estarão extintos em 2050. As abelhas estão em processo acelerado de desaparecimento. Em países como EUA e China as abelhas já estão sendo consideradas extintas. Só mesmo a esquizofrenia do nosso tempo pode admitir algum tipo de ufanismo em relação à saúde e à longevidade humanas, diante de evidências tão claras contra a vida. Atos contra a vida, em grande medida perpetrados, pela perigosa química, nas mãos, não menos perigosas, do homem desconectado da vida e da natureza.